A depressão é indubitavelmente um sério problema na nossa sociedade, afectando um número enorme de pessoas, quer do sexo masculino quer do sexo feminino.
Muitas das pessoas deprimidas têm ideia de que algo de errado se passa com elas mas muitas vezes não sabem identificar os sinais de uma depressão latente. Falta de interesse em actividades que outrora davam prazer, irritabilidade crescente, dificuldade na comunicação são alguns dos muitos sintomas comummente presentes em quadros depressivos.
Em termos clínicos a depressão é geralmente tratada com psicoterapia ou, em casos mais extremos, com drogas anti-depressivas.
A medicina oriental e algumas escolas de medicina holística consideram que existem causas externas para um comportamento depressivo, mas apontam o meio interno como factor determinante, em particular a condição do sistema respiratório e dos intestinos.
Uma má respiração e consequente má oxigenação não permitem ao cérebro e sistema nervoso receber nutrição adequada e, consequentemente, a pessoa tende a ficar com pensamentos mais pessimistas e derrotistas.
A alimentação é um factor crucial no processo. Os lacticínios, em particular pela sua tendência para criar mucos no sistema respiratório são tidos como um dos principais causadores do problema, sobretudo quando combinados com açúcar como no caso de chocolates, rebuçados, bolos…
Curiosamente são estes os alimentos mais procurados por pessoas com tendências depressivas, criando um círculo vicioso de onde pode ser bastante difícil de sair.
Uma vez que a falta de espaço não me permite continuar voltarei a abordar o tema brevemente.
DEPRESSÃO – 2ª Parte
Na minha última crónica escrevi sobre a relação da alimentação com a depressão.
Irei agora desenvolver o tema, fazendo recomendações de alimentos que podem ajudar a aliviar este problema
Em primeiro lugar, é essencial comer regularmente hidratos de carbono complexos, particularmente sob a forma de cereais integrais, leguminosas e vegetais. Os hidratos de carbono complexos fornecem-nos energia de uma forma regular, contribuindo para um estado de espírito mais calmo e uma condição emocional mais estável.
O arroz integral, a aveia (sob a forma de grão ou de flocos), o arroz glutinoso, assim como massa de trigo-sarraceno, foram tradicionalmente utilizados no oriente para ajudar a tratar estados depressivos.
Vegetais doces como cebola, cenoura e abóbora são também excelentes para manter níveis de glicemia mais estáveis.
Uma vez que a depressão está frequentemente ligada a debilidade do sistema respiratório (por exemplo a sinusite), é importante comer todos os dias vegetais verdes fibrosos como agrião, nabiças, grelos, alho francês, couves, etc. De realçar que estes vegetais não devem ser cozinhados demasiado tempo. É preferível cozinhá-los no vapor ou escaldá-los rapidamente, retirando-os da água mal comecem a mudar de cor.
Outros alimentos usados como remédios tradicionais para a depressão incluem pepino, couve lombarda, amendoins, raiz de kuzu, vinagre de arroz ou de maçã.
O uso regular de sabor picante, em particular gengibre fresco ralado ou “wasabi”, pode também ser eficaz
Pessoas deprimidas deveriam utilizar a todas as refeições pelo menos um dos alimentos descritos acima.
E claro, é importante não abusar dos açúcares simples e “fast food”.