A hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue) é, na minha opinião, um dos sintomas mais comuns na população moderna e está por detrás de um grande número de desequilíbrios físicos e emocionais. Pessoalmente, penso que é uma das causas principais de instabilidade emocional, uma vez esta está directamente ligada a um fluxo irregular de glicose no sangue.
Os sintomas da hipoglicemia são variados, podem ser suaves ou extremos e incluem: sonolência após as refeições, desejo incontrolável de comer doces, muita fome, dores de cabeça, náusea, confusão, visão dupla, bocejos incontroláveis, falta de concentração, fadiga, ansiedade intensa, ataques de pânico, taquicardia. Casos mais sérios podem estar ligados a pessimismo extremo, depressão, alcoolismo, comportamento compulsivo ou violento, entre outros sintomas.
De acordo com o ponto de vista macrobiótico, a hipoglicemia está intimamente ligada aos hábitos alimentares modernos, particularmente ao uso excessivo de produtos animais, por um lado, e de açúcar e açúcares refinados por outro. O consumo excessivo deste tipo de alimentos durante muitos anos acaba por afectar o funcionamento do pâncreas, fígado e glândulas supra-renais, os órgãos envolvidos no metabolismo de açúcar.
Em geral, tratar este problema não é fácil, devido ao círculo vicioso de consumo de açúcar que produz. É necessário eliminar ou reduzir drasticamente o consumo de açúcar, consumir diariamente alimentos com açúcares complexos como cereais, leguminosas e vegetais e ter refeições a horas regulares. Evitar também uma vida com demasiado stress.
Lisboa, 11 de Abril de 2008
Francisco Varatojo