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Estação Verão- Parte II

Artigo 14

Dando continuidade ao tema do Verão quero acrescentar que a alegria – e como já referido anteriormente – conecta-se com o viver o momento.
A estação do Verão é a estação para conviver, socializar, realizar atividades no exterior, sejam exercício físico, sozinho ou em grupo.
É mais interessante junto da natureza, junto da vegetação, rios, ribeiras, nascentes, da praia – locais que deixem fluir e expandir a energia yang e que contrabalancem essa energia, alimentando e abrindo espaço à energia yin.

Parafraseando, novamente, o artigo 8 “Prima Vere” pode ler-se que o Verão é “A fase máxima da energia, da expansão – a máxima expansão yang! E dentro deste contexto é interessante perceber a origem da palavra Estio – do latim aestivus. Significa período quente e seco ou maturidade (a idade madura): no estio da vida.”. E maduro também se diz do fruto, que atingiu o seu ponto máximo de desenvolvimento, a última fase do seu período de expansão. A fase seguinte, de contração, em direção ao centro, ao seu núcleo, para depois, cair, e na terra voltar a germinar…ciclos e dinâmicas que fazem parte e são extremamente importantes à vida.

Transpondo essa leitura para a nossa vida, para o nosso ciclo, conectamos a fase madura, a fase do Verão, ao ápice do nosso desenvolvimento, a seguir, inicia-se a descida – uma descida que deverá ser vista como algo positivo e necessário.

Com esta consciência e sentido crítico será mais fácil aceitar e aproveitar a estação intermédia, entre o Verão e o Outono, o Verão Tardio ou Fim do Verão. Uma estação com uma energia mais estável, ainda que descendente, que se relaciona com a mãe-terra, com a fertilidade.

É com este entendimento que se deve abraçar o Verão.
Ainda que os dias sejam maiores e as noites mais pequenas; ainda que se sinta muito calor, os dias vão diminuindo e o foco interno deverá estar atento a isso. O foco externo começa a iniciar a sua percepção para o interior. Para o núcleo.
Aceitar as dinâmicas das estações é ganhar entendimento e conhecimento internos. É aumentar a capacidade de escolha, individualidade e qualidade de vida.

Uma auto-avaliação é essencial. É importante escutar a voz interior para a percepção, do que faz sentido e conduz à essência de cada um. 


Desse lado, já tinham entendido, efectivamente, estas dinâmicas entre as estações? Já tinham parado para pensar em como é diferente aceitar um Verão, cuja a energia descende em direcção ao yin, ao interior, em vez de se querer um Verão em “modo yang” constante e vivido intensamente, esgotando toda a energia?

Entendem agora porque a estação Fim do Verão ou Verão Tardio existe?
É uma oportunidade para reequilibrar. Para alimentar e canalizar a energia para o centro, para o núcleo, o core – referindo-me aos órgãos estômago, baço/pâncreas – órgãos associados à estação Verão Tardio.


Como escreveu Daniela Ricardo, no seu livro, Cozinha das Emoções: “A maioria das vezes menos é mais. É sempre mais no sentido de qualidade de vida, de vitalidade e de saúde física, mental, emocional e espiritual.”.
Sabermos aproveitar e aceitar os ciclos é uma enorme vantagem para a nossa saúde! É vida!

Crónica Ana Reis- Professora do Instituto Macrobiótico de Portugal

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