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O Azeite

As gorduras, apesar de serem uma pequena fracção da nossa ração diária de macronutrientes, são ainda assim essenciais, e a escolha de óleos de boa qualidade pode fazer uma enorme diferença na nossa saúde diária, particularmente na saúde cardiovascular.
De todos os óleos conhecidos, o azeite e o óleo de sésamo são de longe aqueles que foram mais utilizados e os que parecem ser mais aconselhados para uso regular: o azeite foi predominantemente utilizado na Europa e no Médio Oriente (existem registos históricos do uso do azeite que datam de 4 a 5000 anos a.C. em especial nas regiões do Egipto e Mesopotâmia)- , e o óleo de sésamo (ou gergelim) em praticamente todos os países do Oriente.
Neste artigo, falarei sobre o azeite, um óleo que parece estar ligado ao baixo nível de doenças cardiovasculares de alguns países. Em 1958, deu-se início ao “Seven Countries Study” (estudo de sete países), estudo esse que durou até 1973. O objectivo do estudo foi tirar conclusões sobre doenças cardíacas e morte por ataque cardíaco nos países estudados, os Estados Unidos, a Finlândia, o Japão, a Grécia, a Itália, a Jugoslávia e a Holanda. Os resultados mostraram que a Grécia e a Itália tinham o menor índice de doenças cardíacas enquanto que os Estados Unidos tinham o maior número de mortes devidas a este tipo de doença.
A conclusão dos cientistas, após estudar as diferentes variáveis, foi de que o baixo índice de doenças cardiovasculares nos países mencionados era principalmente devido ao uso regular de azeite na alimentação.
Pessoalmente, penso que não apenas o uso de azeite contribui para os resultados, mas também o tipo de alimentação que os Gregos e os Italianos usam: um padrão alimentar com muito menos produtos animais e gorduras saturadas do que os Americanos ou os Finlandeses, por exemplo.
No entanto, o azeite parece decididamente ter algo a ver com uma boa saúde cardíaca e, para além disso, é muito possível que ajude numa série de outras situações.
A pesquisa actual aponta para os seguintes benefícios do azeite:

  • Reduz os níveis de LDL (lipoproteínas de baixa densidade) ou mau colesterol
  • Aumenta os níveis de HDL (lipoproteínas de alta densidade) ou bom colesterol
  • Ajuda a absorção intestinal
  • Estimula a actividade da vesícula biliar
  • Baixa a hipertensão
  • Estimula a secreção de insulina, ajudando a baixar os níveis de açúcar
  • Diminui a secreção de ácido no estômago
  • Ajuda o desenvolvimento ósseo nas crianças
  • Pode ajudar a reduzir o risco de cancro na próstata e cancro na mama
  • Pode ajudar a prevenir a osteoporose
    O azeite tem cerca de 76% de gorduras mono insaturadas (particularmente ácido oleico) e antioxidantes naturais como vitamina E, flavonóides e outros; os antioxidantes ajudam a prevenir a destruição celular provocada por substâncias com oxigénio, chamadas de radicais livres.
    Curiosidade:
  • O azeite a utilizar deve ser azeite extra virgem; o azeite extra virgem é obtido a baixas temperaturas e não é misturado com azeite ou outros óleos de má qualidade.
  • O azeite de boa qualidade deve ser mantido no escuro e/ou em recipientes opacos e a temperaturas baixas; não deve ser guardado em recipientes de plástico.
  • Se tem problemas de vesícula use o azeite com bastante moderação.

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