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Colestrol

A palavra colesterol faz já parte do vocabulário comum da maioria da população e quase sempre transmite um má conotação: a ideia de que o colesterol faz mal à saúde e de que contribui para as doenças cardiovasculares.
No entanto, o colesterol não é só prejudicial e, na realidade, este é essencial num determinado número de funções corporais vitais tais como: produção de muitas hormonas, incluindo hormonas sexuais, produção de vitamina D e ácidos biliares. O colesterol é também um componente das membranas celulares e, na realidade, o colesterol está presente em todas as partes do corpo: cérebro e sistema nervoso, músculos, fígado, intestinos, coração, esqueleto, etc.
Apesar da necessidade absoluta de colesterol para um bom funcionamento orgânico, não temos que nos preocupar muito com a sua obtenção – o organismo produz o colesterol necessário (com excepção de algumas doenças raras e graves onde não há produção de colesterol) e a alimentação diária serve para aumentar os níveis de colesterol no sangue. Assim, obtemos colesterol de duas formas – através da produção interna e através da alimentação, particularmente o consumo de produtos animais como carne, ovos, lacticínios.
Na sociedade industrializada moderna, existem essencialmente problemas relacionados com níveis de colesterol elevados, e Portugal não é uma excepção. Em estudos recentes, verificou-se que os níveis de colesterol total da população portuguesa começam a estar perigosamente altos, aumentando seriamente os riscos de doenças cardiovasculares.
Quando os níveis de colesterol são elevados, o risco de doenças coronárias aumenta porque este tende a entupir as artérias, aumentando as chances de se ter um ataque cardíaco.
Bom colesterol e mau colesterol
Penso que já tenha ouvido falar em “bom colesterol” e “mau colesterol”, mas talvez não saiba muito bem o que isso é: o colesterol e outras gorduras não se dissolvem no sangue, têm que ser transportados de e para o sangue em substâncias chamadas de lipoproteínas. As lipoproteínas de baixa densidade – LDL (do inglês “low density lipoproteins” – são chamadas de “mau colesterol” enquanto que as lipoproteínas de alta densidade – HDL (do inglês “high density lipoproteins” – são chamadas de “bom colesterol”.
A diferença entre o LDL e o HDL é que um nível excessivo de LDL entope as artérias e contribui para a aterosclerose enquanto que o HDL afasta o colesterol das artérias e envia-o para o fígado onde é eliminado do organismo.
Assim, actualmente, a maioria dos cardiologistas considera não apenas os valores totais de colesterol mas também a relação entre o HDL e o LDL.
Colesterol e alimentação diária
Apesar de tudo isto parecer um pouco complicado, é bastante fácil ter níveis de colesterol, (e de HDL e de LDL) saudáveis e o factor essencial para que isto se consiga é a nossa alimentação diária. Em mais de 90% dos casos, uma mudança de hábitos alimentares reduz os níveis de colesterol e, se deseja que isso aconteça reduza o consumo de produtos animais (particularmente ovos, carne e lacticínios) e aumente o consumo de alimentos de origem vegetal particularmente cereais integrais e vegetais; pequena quantidade de peixe pode também ajudar a subir os níveis de HDL e a baixar os níveis de LDL. (ver também caixa)
Baixar os níveis de colesterol no sangue é quase sempre bastante fácil se tivermos uma alimentação baseada em cereais integrais, vegetais, leguminosas, sementes, frutos e se reduzirmos ou eliminarmos da nosso regime diário alimentos como carne, ovos, açúcar, “fast food”.
Pode no entanto, utilizar especificamente os seguintes alimentos e preparações para baixar mais rapidamente os níveis totais de colesterol, e repor o equilíbrio saudável entre o HDL e o LDL.
Cevada integral – a cevada (que pode ser consumida em grão ou em flocos) foi tradicionalmente utilizada no Oriente para ajudar a dissolver gordura do sangue. Utilize-a cozinhada com arroz integral, em sopas ou em estufados.
Rábano, nabo, rabanetes – estes vegetais têm a particularidade de ajudarem o organismo a eliminar produtos animais e gordura. Para baixar mais rapidamente os níveis de colesterol utilize-os ralados, como salada ou acompanhamento de uma refeição.
Cenoura crua ralada com nabo cru ralado – esta preparação é excelente para reduzir os níveis de colesterol. Rale 1 a 2 colheres de sopa de cenoura e 1 a 2 colheres de sopa de nabo, misture-os e adicione umas gotas de molho de soja shoyu. Coma 1 a 2 colheres de sopa todos os dias durante um mês.

COLESTEROL – Artigo do Jornal Sol
por Francisco Varatojo

A palavra “colesterol” é muito usada hoje em dia e, invariavelmente com uma conotação negativa: a maioria das pessoas considera-o uma substância presente no sangue que prejudica o coração e sistema cardiovascular e que existe em grande quantidade nas gorduras animais.
Sendo verdade que níveis de colesterol elevados são prejudiciais para a saúde, não é menos verdade que o colesterol não é apenas um vilão. Na realidade, esta substância existe em todas as nossas células e sangue e é essencial para produzir as membranas celulares e algumas hormonas, para além de ajudar a realizar outras funções orgânicas importantes.
Curiosamente, alguns estudos apontam para a possibilidade de existirem tendências depressivas e fraca imunidade em pessoas com níveis muito baixos de colesterol.
No entanto, na nossa sociedade a maioria das pessoas tende a ter níveis elevados, o que não é benéfico e está essencialmente associado à alimentação e ao estilo de vida. O colesterol provém da nossa alimentação (as gorduras saturadas e hidrogenadas são a origem principal) mas, na realidade, a maioria é produzido pelo fígado (e absorvido pelos intestinos).
Na minha observação, com uma alimentação predominantemente baseada em produtos de origem vegetal, principalmente cereais integrais e vegetais, e com a redução de gorduras saturadas e hidrogenadas, o colesterol total desce rapidamente para níveis normais, em geral com subidas do bom colesterol (HDL) e descidas do mau colesterol (LDL). A actividade física é também um factor essencial neste processo, pelo que estes dois factores devem ser os primeiros e preferenciais em qualquer terapia para estabilizar os níveis de colesterol.

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